domingo, 1 de setembro de 2013

Caso #Gaievski: Ex-assessor da Casa Civil escapou três vezes de prisão pelo GAECO em 2010; vítima de abuso sexual relata em entrevista como tudo aconteceu; bancada do PT silencia sobre Gaievski; E a família de Gaievski deixa Realeza após denúncias.

Com exceção de Enio Verri, presidente do PT, que disse que “gostaria muito que não fosse verdade isso”, causou estranheza, na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, o silêncio dos deputados petistas – Luciana Rafagnin, Toninho Wansdcheer, Pericles Melo, Tadeu Veneri, Professor Lemos e Elton Welter – que não pediram a palavra ou fizeram qualquer aparte na defesa do petista Eduardo Gaievski – alvo de um duro ataque da deputada Cantora Mara Lima (PSDB). Gaievski, ex-assessor de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, é investigado há três anos pelo Gaeco pela suspeita de estupro de 23 meninas (idades de 13 a 16 anos). Todas meninas pobres que ele levava a fazer sexo com ofertas de dinheiro, emprego ou ameaças de demissão aos pais que trabalhavam na prefeitura.



Amiguinhos íntimos...


Francisco Beltrão - Em entrevista no programa Plantão Policial, da Rádio Educadora, na tarde de sexta-feira (27) uma jovem de 18 anos, que disse ter sido vítima de abuso sexual pelo ex-prefeito Eduardo Gaievski, quando ainda tinha 14 anos, relatou como tudo aconteceu.

A jovem contou que na época residia com a família em Realeza, e passavam por dificuldades, quando o prefeito despediu da prefeitura o único membro da família que trabalhava para o sustento dos demais. Ela então ligou para o prefeito para pedir porque ele havia despedido seu familiar, quando ele propôs um encontro para explicar.

Ela disse que “quando embarquei no carro, ele foi direto para um motel, onde arrancou minhas roupas, me agrediu com tapas e me violentou”. O acusado teria colocado ainda uma nota de R$ 100,00 no bolso dela. A jovem contou que na época era virgem e devido à violência sexual ficou sangrando por duas semanas, quando procurou atendimento médico.

Depois do episódio o prefeito recontratou seu familiar. Ela foi procurada ainda mais uma vez pelo acusado, mas ele não chegou a violentá-la, porém fazia ameaças constantes que caso contasse para alguém ele faria mal para a sua família.

Ela mudou de cidade, e recentemente quando ouviu a notícia sobre o Mandado de Prisão do acusado, procurou a Promotoria de Justiça em Realeza e prestou depoimento na segunda-feira (26).

Ela disse ter muito medo ainda, e só vai tranquila quando souber que o acusado for preso. A identidade da jovem e o local onde mora atualmente foram preservados para sua própria segurança.

(Fonte: Plantão Policial FB). Conteúdo disponível no Jornal O Trombeta, de Capanema-PR, aqui.

Bancada do PT silencia sobre caso de Gaievski

Conteúdo do blog Boca Maldita, original aqui.

PT filmes: "Eu não sabia de nada..." parte "X"
Com exceção de Enio Verri, presidente do PT, que disse que “gostaria muito que não fosse verdade isso”, causou estranheza, na sessão de ontem da Assembleia Legislativa, o silêncio dos deputados petistas – Luciana Rafagnin, Toninho Wansdcheer, Pericles Melo, Tadeu Veneri, Professor Lemos e Elton Welter – que não pediram a palavra ou fizeram qualquer aparte na defesa do petista Eduardo Gaievski – alvo de um duro ataque da deputada Cantora Mara Lima (PSDB). Gaievski, ex-assessor de Gleisi Hoffmann na Casa Civil, é investigado há três anos pelo Gaeco pela suspeita de estupro de 23 meninas (idades de 13 a 16 anos). Todas meninas pobres que ele levava a fazer sexo com ofertas de dinheiro, emprego ou ameaças de demissão aos pais que trabalhavam na prefeitura.


Família de Gaievski deixa Realeza após denúncias

Conteúdo do Site do Fábio Campana, original aqui.

Em Realeza não se fala outra coisa: “Ele envergonhou nossa cidade”. Para os moradores da cidade, o ex-prefeito Eduardo Gaievski (PT) não passa de um psicopata. “Só tinha cara de bom moço. Quando era prefeito se preocupava com os jovens todo o tempo. Agora a gente vê a realidade”, disse uma moradora.

Waldemir, dono de uma farmácia, conta que toda a família sumiu depois que o caso veio a público. “Ninguém sabe onde estão”. Waldemir lembrou que em entrevistas nas rádios locais, Gaievski, então prefeito, pedia sempre para que os pais cuidassem de seus filhos e evitassem que eles saíssem com pessoas erradas. “Falso moralista”, disse Waldemir.

Ex-assessor da Casa Civil escapou três vezes de prisão pelo GAECO em 2010


Conteúdo disponível no Terra Notícias, original aqui.

Gaeco havia 'grampeado' telefones que Gaievski utilizava para marcar encontros com meninas

O ex-assessor da Casa Civil do governo federal, Eduardo André Gaievski, escapou de ser preso em flagrante em três ocasiões no ano de 2010, quando era ainda prefeito pelo PT da cidade de Realeza (PR), a 540 quilômetros de Curitiba, e estava sob investigação. Os telefones utilizados pelo ex-assessor da ministra Gleisi Hoffmann, que o exonerou após a divulgação do caso pela revista Veja na última semana, estavam "grampeados" pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu. Na pasta, Gaievski coordenava as relações entre a ministra e prefeitos e coordenava temas relacionados à  políticas de combate ao crack e a construção de creches.

Na época em que era alvo de averiguação, Gaievski havia combinado encontros com adolescentes em troca de dinheiro, de acordo com interceptações realizadas pelo núcleo de investigação.

O ex-assessor de Gleisi, no entanto, contou com a sorte para evitar a prisão. Nas três oportunidades em que os policiais do Gaeco se dirigiram de Foz do Iguaçu para Realeza, distante 215 quilômetros, para prendê-lo, surgiram outros compromissos para o então prefeito, que acabou desmarcando os encontros marcados para ocorrer em um motel na cidade. Os policiais já haviam inclusive planejado a estratégia para a prisão: esperariam a entrada de Gaievski no motel e, após 20 minutos, entrariam no local, filmando e fotografando a cena.

De acordo com uma fonte ouvida pelo Terra, que preferiu não ser identificada, com o insucesso da prisão em flagrante e com o recolhimento de fartas evidências do crime de estupro de vulnerável, incluindo gravações e depoimentos de vítimas, o núcleo de investigações decidiu encaminhar as provas do crime para a Procuradoria do Ministério Público em Curitiba em abril de 2011, após quase sete meses do trabalho, iniciado em outubro de 2010, após solicitação do Ministério Público de Realeza. 

Por ocupar o cargo de prefeito, Gaievski na época tinha direito a foro privilegiado e não poderia ser detido, exceto em flagrante de crime, sem autorização do Tribunal de Justiça. 

Durante o período de acompanhamento do caso, as gravações interceptadas pelo Gaeco revelaram conversas em que o ex-prefeito marcava encontros com garotas de 14 anos, oferecendo dinheiro. Para meninas entre 14 a 18 anos, o ex-assessor ofertava empregos para elas ou familiares na prefeitura da cidade. Segundo a fonte ouvida pelo Terra, dezenas de gravações e depoimentos foram anexadas à denúncia.

Jornalista

Depoimento da Jornalista, assediada por 3 anos pelo Gaievski

A suposta técnica de sedução em troca de oferta de trabalho teria sido utilizada por Gaieviski com uma jornalista da cidade. A jornalista Caroline Brand, 24 anos, contou ao Terra que sofreu intenso assédio do ex-assessor da Casa Civil para se relacionar com ele. "Em janeiro de 2009, eu estava no terceiro ano da faculdade de jornalismo em Curitiba e atuava num blog. Como estava pautada para fazer uma matéria sobre transporte inteligente e como ele era referenciado como exemplo de administrador no Estado, resolvi entrevistá-lo. Fui no gabinete e ele no mesmo dia me convidou para ir com ele em uma viagem para Brasília, para ser assessora especial dele", conta Caroline.

Ao contar a novidade para uma amiga, Caroline conta que foi aconselhada por ela a não ir novamente à prefeitura. "Não vai na prefeitura que ele vai te convidar para sair. Ele faz isso com todo mundo aqui", teria dito a amiga.

A jornalista não quis acreditar e chegou a defender o então prefeito. No entanto, segundo ela, o prefeito abriu um perfil em uma rede de relacionamento e passou a assediá-la, escrevendo que já estava com saudades e que faria de tudo para ela acompanhá-lo na viagem à Brasília. Nas mensagens, que a jornalista arquivou, Gaievski recomendava que ela apagasse o conteúdo após ler, "porque é mais seguro". 

Desconfiada, Caroline disse que foi viajar para a praia com os pais. Utilizando o e-mail, o prefeito então passou a enviar mensagens afirmando que estava apaixonado pela jornalista. 

Parentes da jornalista resolveram então procurar Gaievski na prefeitura para que ele explicasse o que estaria ocorrendo. "Ele fez um escândalo lá e até chamou a Polícia Civil, dizendo que estavam armando contra ele e que aquele e-mail não fora escrito por ele", conta Caroline.

A jornalista, porém, diz ter certeza que o e-mail foi enviado pelo ex-assessor. "Eu enviei o número de meu celular para este e-mail quando estava na praia e ele me ligou em seguida", diz ela. Caroline disse que ainda hoje tem a cópia de todas as mensagens. 

"A partir daí, ele passou a me perseguir, dizendo que eu queria aparecer. Na Assembleia Legislativa onde trabalhei ele aparecia por lá e dizia que era para minha família calar a boca, que eu era ‘pseudojornalista’ e poderia me complicar", afirma Caroline.

A jornalista revela que em 2010, durante a campanha eleitoral, foi trabalhar no comitê de campanha da então candidata ao Senado, Gleisi Hoffmann, em Curitiba. "Quando ele soube, ele ficou com medo que eu abrisse minha boca. No início, me tratava como ‘amiguinho’ e me mandava parabéns. Depois ele passou a dizer que se eu tentasse fazer qualquer coisa, seria minha palavra contra a dele e que ninguém iria acreditar em mim", disse. 

Caroline afirmou que o assédio ocorreu durante três anos seguidos e só parou quando ela ameaçou entregar os e-mails para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Ela disse ter comentado o assunto com outra jornalista que atuava no comitê de campanha da atual ministra.

Outros casos


Além dos casos já denunciados pelo Ministério Público, outras pessoas estariam procurando a promotoria de Realeza para apresentar novas denúncias após a divulgação do pedido de prisão preventiva de Gaievski. Ouvido pelo Terra, o promotor da cidade disse que não poderia confirmar a informação.

Segundo um morador da cidade, que não quis ter seu nome identificado, várias famílias deixaram de apresentar denúncia contra o ex-prefeito porque ele "mandava na cidade e tinha as costas quentes em Brasília".

Imaginem:


Eduardo Gaievski era cotado para ser candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 2014. No Paraná, ele é apontado como um dos principais nomes do partido. Na segunda-feira (26), a executiva estadual do PT, determinou a suspensão dele, "para que sejam devidamente esclarecidas as circunstâncias e veracidade das acusações contra o ex-prefeito", segundo texto da nota emitida pelo partido.



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