O PcdoB anunciou a retirada do apoio ao PT e adesão ao projeto do senador Roberto Requião e, na calada da noite, fechou acordo com o …PT.
Para onde vais, PDT?
O PDT, firme como uma rocha na aliança com o PT até a semana passada, começou a oscilar como vara verde ao sabor do vento ao se aproximar o Dia D das coligações.
O partido rachou. Uma ala pende para continuar amarrado ao PT, outra está lançando olhares cada vez mais ansiosos em relação ao PMDB.
Mas eis que de repente o vento pode soprar forte em outra direção…
A hesitação do PSD
O PSD delegou à sua executiva a definição final sobre a coligação.
O DNA de seus caciques indica que o coração deles bate mais forte quando diante do retrato de Richa.
Se o casamento se consumar, eles têm grandes chances de ocupar a vice.
Muito além da vice
A aliança com o PSD dará a Richa, além de um nome forte para a vice (Eduardo Sciarra é o mais cotado), o apoio de Alexandre Kireff, prefeito de Londrina, segundo maior colégio eleitoral do estado.
PV muda rumo e aceita vice de Requião
O PMDB de Requião confirmou ontem a indicação para vice da deputada federal Rosane Ferreira, do PV – cujo partido havia definido lançá-la candidata ao governo do Estado.
Os 38 segundos de que o partido dispõe na propaganda eleitoral poderão ser decisivos para Requião…
Quem sobreviver…
“Ele é tinhoso e eu sou dura”, disse Rosane a respeito do agora colega de chapa Requião (Folha de Londrina). “Vai ser um aprendizado para ambos”, acrescentou. Ao acréscimo, ressalve-se: quem sobreviver, dirá…
A mestra
Convenhamos: a presença da ambientalista Rosane ao lado de Requião poderá ser útil ao senador. Ela poderá indicar-lhe os efeitos nocivos do consumo da mamona sobre o comportamento humano.
Elza Corrêa, a descartada
A ex-deputada federal e vereadora por Londrina Elza Correa (PMDB), uma das mais ardorosa defensoras da candidatura de Requião ao governo, teve seu nome aventado (publicamente) pelo senador como candidata a vice em sua chapa.
Foi descartada.
Requião perde com isso uma cabeça-de-ponte em Londrina e norte do Paraná, onde a rejeição a seu nome é quatro vezes (pelo menos) maior que a intenção de voto.
Fecha-se uma porta para Barros
O acordo de Requião com o PV fechou uma das portas nas quais Ricardo Barros (PP) pretendia introduzir sua esposa, a deputada federal Cida Borgheti (Pros).
Duas estão entreabertas
Barros ficou isolado em seu partido, que fechou ontem a aliança com o PSDB de Beto Richa. Hoje será o dia definitivo para que ele, que não esconde a volúpia pré-eleitoral, defina se se alia com o governador ou com a petista Gleisi Hoffmann.
Baú de exigências
Além da esposa, Barros tem outra carta na manga: a candidatura de seu irmão Silvio, ex-prefeito de Maringá, ao governo do Estado, oficializada pelo PHS e apoiada – credo, que força! – pelo Pros.
Tem ainda um baralho inteiro: a filha, tios, cunhados, primos, sobrinhos e – por que não? afinal é um magnânimo – até os bichos de estimação para entrarem no pacote.
Eis a questão
O apoio de Ricardo Barros & família é importante para qualquer candidato. Afinal, ele é o maior líder político do noroeste do Estado.
Mas a aliança com Barros custou a Richa a saída de Gustavo Fruet do PSDB, vários dissabores durante o período em que ele ocupou a Secretaria de Indústria e Comércio, e traições à luz do dia depois que o “aliado” deixou o governo.
Qual a importância do vice?
A revelação dos vices de Gleisi Hoffmann e Beto Richa dividirá hoje as atenções hoje com o fechamento das coligações.
O vice é a insignificância personalizada em tempo na tevê, formação de bancadas e um e outro penduricalho.
Horizonte
O favoritismo de Richa abre, no entanto, o horizonte: reeleito, ele terá que deixar o cargo em 2018 se quiser disputar uma vaga no Senado (haverá duas em jogo) ou… a presidência da República.
E, então, a insignificância se metamorfoseará em governador.
Os patronos de Gleisi
Se há dúvida sobre o vice de Gleisi, há uma certeza: sua campanha será feita à sombra de dois patronos: Eduardo Gaievski, seu assessor especial na Casa Civil preso por pedofilia (são algo em torno de 30 denúncias) e André Vargas, companheiro de primeira hora flagrado em negócios nada republicanos com o doleiro Alberto Youssef.
Outro peso (ou seria preso???)
Não bastasse isso, Gleisi incorporará a rejeição crescente a Dilma e ao PT.
Mas sobram ela e o nariz
Sobram, no entanto, ela, Gleisi Hoffmann, seu lindo nariz e a passagem de ambos pela Casa Civil e defesa ardorosa dos temas paranaenses – sem discriminação de qualquer espécie – no Senado…
(Meu nariz está crescendo…)
Por José Pedriali, de O Diário
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