Motim em unidade da Zona Leste terminou por volta de 15h30; 29 reféns foram soltos. Cinquenta e nove menores fugiram nesta segunda-feira da unidade da Fundação Casa (antiga Febem) do Itaquera, Zona Leste de São Paulo. É mais da metade do número de internados na unidade, que abriga 103 menores.
Presente no site da revista Veja,
aqui.
Somos completamente favoráveis à redução da maioridade penal. Por motivos óbvios! |
É a maior fuga de menores
internados do ano no estado de São Paulo. A última fuga em massa havia ocorrido
no dia 30 de julho, quando 32 internos fugiram de uma das unidades de Ferraz de
Vasconcelos, na Grande São Paulo.
A fuga em massa ocorreu em meio a uma rebelião, que começou por volta de 12 horas e só
terminou às 15h30. Apenas dezessete menores haviam sido recapturados até
às 17h30.
Vinte e nove funcionários da unidade
chegaram a ser tomados reféns. Segundo a fundação, alguns sofreram ferimentos
leves e foram levados para o hospital. Entre eles está o diretor da unidade.
Nenhum interno ficou ferido.
Mais cedo, outra rebelião tomou uma unidade da Fundação Casa na
Vila Leopoldina, na Zona Oeste. Doze funcionários chegaram a ser feitos
reféns pelos menores, que convocaram a rebelião depois de uma tentativa
frustrada de fuga. Colchões foram queimados.
O motim acabou cerca de quatro
horas depois, após negociações entre os menores e membros da Corregedoria da
fundação e da Superintendência de Segurança e Disciplina. A unidade tem
capacidade para 150 internos e, no momento da rebelião, abrigava cem menores.
As duas rebeliões ocorreram menos
de um mês após um motim na unidade da Fundação Casa em Franco da
Rocha, na Grande São Paulo, onde 92 menores estavam internados. Na ocasião,
dezessete funcionários foram feitos reféns por três horas. Três ficaram
feridos.
Adolescente que matou DeppMann pegará APENAS "3 anos de recolhimento" por um assassinato que em qualquer paisinho não muito melhor que o nosso PEGARIA PRISÃO PERPÉTUA OU PENA DE MORTE! Ministro silencia sobre morte de Deppman, mas defende legislação que protege assassinos
Elles, Maria do Rosário, José Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho são contra a família brasileira: são favoráveis aos "coitadinhos" dos criminosos mirins! |
Ele não quer mudar nada na
legislação: em defesa da lei que protege infratores e silêncio sobre a morte de
Victor Hugo Deppman
Podem não gostar de mim, e muita
gente não gosta — não sou mesmo um doce de coco —, mas é difícil negar que eu
os conheça como a palma da mão.
- Ouvem este silêncio ensurdecedor?
- É da ministra dos Direitos Humanos, Maria do
Rosário, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
- Ouvem este silêncio ensurdecedor?
- É do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
- Ouvem este silêncio ensurdecedor?
- É do secretário-geral da Presidência, Gilberto
Carvalho, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
- Ouvem este silêncio ensurdecedor?
- É das ONGs que se dizem dedicadas à defesa dos
direitos humanos diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Em breve eles começarão a falar.
Bastará que comece a tramitar no Congresso uma PEC alterando o Artigo 228 da
Constituição, que define a inimputabilidade penal até os 18 anos, ou uma lei
que mude o Artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece
um limite de três anos de “recolhimento” mesmo para assassinos, e toda essa
gente falará freneticamente.
Retomando
Mas quê… Eles nem esperaram a
tramitação de coisa nenhuma! Alguns leitores ainda observaram: “Pô, você está
pegando no pé do Gilberto Carvalho; o cara ainda nem falou nada.” Pensei cá
comigo: “Esperem pra ver!”. Bingo!
Ele já saiu atirando contra a proposta de
mudar a legislação. Sobre o assassinato de Victor Hugo Deppman, não disse uma
vírgula. Como o Geraldo Alckmin defende mudança na legislação, teve de se referir
à fala do governador de São Paulo. Afirmou Carvalho, segundo informa a Folha:
“A gente é completamente contra.
Não quero falar em uso político, não estou me referindo à declaração do
governador. Estou me referindo ao tema da [redução da] maioridade penal, que
temos uma posição historicamente contrária”.
Vamos ver
Pra começo de conversa, Alckmin
não está defendendo exatamente a redução da maioridade penal, o que demandaria
mudança na Constituição. O que ele defende é que o menor que pratica crime
hediondo possa ficar recolhido mais do que os atuais três anos e que isso
signifique perda da primariedade. Cumpriria, no entanto, a chamada medida
sócio-educativa em estabelecimento especial, não num presídio. A minha proposta
é que não haja idade mínima nem idade-limite para o recolhimento (depende do
crime) ou para o tempo em que o menor fica apartado da sociedade (depende do
crime também). Adiante.
Aconteceu conforme o esperado.
Carvalho, na prática, silencia diante da morte de um estudante e trabalhador e
sai em defesa de um legislação que protege assassinos. Por quê? Porque ele acha
que é a pobreza que leva alguém a matar. Leiam esta fala:
“Queremos dar ao jovem
alternativas de trabalho, cultura, lazer, formação profissional; uma
possibilidade que não seja o crime. Nossa ênfase é isso. Reduzir a menoridade
penal é uma lógica que não tem fim”.
É uma fala tola, que embute um
raciocínio perigoso, que legitima, queira ou não, o banditismo e o assassinato.
No Canadá, na Espanha, em Israel e na Holanda, os jovens têm acesso a tudo
isso, e se punem os infratores — ainda que com legislação especial — a
partir dos… 12 anos! Na Finlândia, na Suécia e na Dinamarca, países que
disputam os primeiros lugares no IDH, a partir dos 15.
Carvalho finge acreditar que,
quando todos tiverem acesso ao paraíso na terra, não haverá mais bandidos, não
haverá mais assassinos. O secretário-geral da Presidência, em suma, quer
deixar a legislação como está porque deve acreditar que o seu entendimento
muito particular do humanismo pode abrigar os cadáveres de alguns inocentes.
Há
mais: na prática, ele está a dizer que ou esses benefícios todos são
garantidos, ou o assassinato de inocentes vira uma consequência forçosa e
natural. Logo, segundo esse ponto de vista, quem matou Deppman não foi aquele
vagabundo, que fez 18 anos três dias depois, mas “a sociedade”.
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